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30 de maio de 2015

Blatter denuncia conspiração de americanos contra ele e 'ódio' da UEFA

Na manhã deste sábado, o presidente da FIFA, Joseph Blatter, concedeu a primeira entrevista coletiva após a reeleição ao cargo durante o Congresso da entidade em Zurique, na Suíça. O suíço afirmou que as investigações do FBI que levaram à prisão de alguns parceiros da associação, dentre eles o vice-presidente da CBF José Maria Marin, na manhã da última quarta-feira, foram uma maneira de tentar interferir no Congresso e em sua reeleição.
"Ninguém venha me dizer que o fato de esse ataque norte-americano ter acontecido dois dias antes das eleições da FIFA foi uma coincidência. Isso não me cheira bem, pois toca tanto a mim quanto à FIFA", bradou o presidente, que vê certa "mágoa" dos Estados Unidos com ele, já que o país se candidatou a sediar o Mundial de 2022 e acabou sendo derrotado pelo Catar.
"Não que eles somente quisessem denegrir minha imagem, mas porque eles escolheram um momento certo. E aí eles pensaram, 'vamos boicotar o Congresso'. Porém, onde estamos? Onde está o espírito desportivo? Existem sinais que não podem ser ignorados. Os americanos foram candidatos à Copa de 2022 e perderam", acusou.
As prisões realizadas em solo suíço também irritaram Blatter. "Se eles têm algum crime financeiro que diz respeito aos cidadãos norte-americanos, então eles devem prender pessoas lá, e não em Zurique, onde estamos tendo um congresso", declarou.
Além dos norte-americanos, a UEFA é outra opositora assumida a Blatter, e o presidente da entidade, Michel Platini, deixou claro o apoio à candidatura de Ali Bin Al Hussei, príncipe jordaniano que disputou as eleições com o suíço. O mandatário reeleito acusou os europeus de "ódio" contra ele, e denunciou uma possível campanha da imprensa para desestabilizá-lo.
"Os jornalistas fizeram um acordo: Blatter fora. É um ódio de não somente uma pessoa, mas de uma entidade, a UEFA, que não aceita o fato de eu ser presidente desde 1998. EU perdoo a todos, mas não me esqueço", concluiu o presidente.
Ao todo, catorze pessoas foram indiciadas pelo FBI acusadas de fazerem parte de um esquema criminoso que teria movimentado cerca de 150 milhões de dólares (aproximadamente 476 milhões de reais) em suborno envolvendo empresas de marketing esportivo e direitos de transmissão durante 24 anos. Além de José Maria Marin, dentre os indiciados estão Jeffrey Webb, presidente da CONCACAF, Eugenio Figueiredo, homem forte da CONMEBOL, e Nicolás Leoz, que presidiu a entidade sul-americana durante 27 anos.
Acredito que dentro de pouco tempo se terá mais novidades sobre tudo que está acontecendo com a FIFA, não é a toa que se tem desde o tempo do João Havelange, denúncias e mais denúncias, sobre corrupção, compra de votos, de resultados, e de interesses. Vamos esperar para ver as provas (que não devem ser poucas), e provavelmente esta pessoa que diz está fora e nem sabia, tem seu rabo preso certamente.

Que tem muita coisa nisso, não resta dúvidas, muito ciúme e inveja, também, até porque pelo status de levar o nome FIFA nos traz (sou ou era, apenas um Agente FIFA, nestes últimos 10 anos, sem nome e sem nada), mas, sinto isso também. Todos envolvidos de alguma forma no futebol, sabem disso, que existe esta corrupção, esta lavagem de dinheiro e esta intenção de todos que conseguem ser dirigente no futebol, são infeccionados com esta "liga", que cola mais que super bond.

FIFA não cede a pressão e mantém divisão de vagas para Copa de 2018

O conturbado Congresso da FIFA em Zurique, na Suíça, foi encerrado com uma última decisão. Na manhã deste sábado, a entidade máxima do futebol confirmou que manterá a atual divisão de vagas para a Copa do Mundo de 2018, na Rússia. Com isso, a América do Sul segue com quatro postos garantidos, além de um quinto decidido em repescagem contra o campeão da Oceania.
A decisão vai contra as pressões da UEFA, que em março havia solicitado por mais uma vaga na Mundial, utilizando como justificativa o fato de o continente ter vencido suas três últimas edições (Itália, em 2006; Espanha, em 2010; Alemanha, em 2014). Isso faria com que a CONMEBOL, entidade sul-americana, perdesse a vaga decidida na repescagem.
À época, o presidente reeleito da FIFA, Joseph Blatter, já havia sinalizado que não atenderia aos pedidos dos europeus, dizendo que "o mundo não gira em torno da Europa". Sendo assim, a decisão  gera ainda mais choque entre  Blatter e a entidade europeia, que chegou a cogitar boicote à Copa do Mundo em caso de reeleição do suíço.
Polêmicas políticas à parte, as vagas ficaram divididas da seguinte maneira:
Europa (14 + anfitriã Rússia);
América do Sul (4,5); *
CONCACAF (3,5); *
Ásia (4,5); *
África (5);
Oceania (0,5). *
* Meia vaga decidida em repescagem.

29 de maio de 2015

Protesto marca início de eleição de novo presidente da FIFA

Duas manifestantes palestinas interromperam hoje (29) por alguns instantes o 65º Congresso da Federação Internacional de Futebol (FIFA), que deverá escolher nesta sexta-feira um novo presidente e votar a possibilidade de expulsar Israel da organização. A escolha de um novo mandatário ocorre em meio a denúncias de corrupção e prisões de sete de seus dirigentes a pedido da Justiça dos Estados Unidos.
Duas mulheres interromperam o discurso de abertura do presidente da FIFA, Joseph Blatter, mostrando cartões vermelhos aos representantes do organismo, enquanto gritavam “Israel fora!”, antes de serem retiradas por seguranças. Cerca de 150 manifestantes pró-Palestina já tinham protestaram no exterior do Hallenstadion, local do congresso, antes do início dos trabalhos.
A Palestina, membro da FIFA desde 1998, pede a expulsão de Israel, devido as restrições impostas à liberdade dos jogadores palestinos. Além disso, opõe-se à participação no campeonato israelense de cinco clubes localizados em colonatos na Cisjordânia.
Para que Israel seja expulso da FIFA é necessária uma votação de uma maioria de dois terços.
O suíço Joseph Blatter disputa o quinto mandato consecutivo, com o príncipe jordaniano Ali bin Al Hussein.
Cada uma das 209 federações-membro da FIFA tem direito a um voto, que é secreto. O presidente da entidade terá mandato de quatro anos, com direito a reeleição ilimitada. A eleição ocorre sob críticas de dirigentes de federações internacionais de futebol.
O presidente da União das Federações Europeias de Futebol (UEFA), Michel Platini, pediu hoje a demissão de Blatter. Ele disse que “a maioria das associações” vinculadas à UEFA vai votar no candidato adversário, Ali bin Al Hussein. Já a Confederação Asiática de Futebol reiterou seu apoio ao atual presidente da FIFA.
Na quarta-feira (27), uma operação da Polícia Federal norte-americana (FBI), em conjunto com autoridades suíças, prendeu sete dirigentes do futebol que estavam em Zurique. Entre eles o ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) José Maria Marin.
Autoridades norte-americanas investigam a participação de dirigentes da FIFA e empresários em fraudes na escolha dos países-sede das duas próximas copas do Mundo (Rússia, em 2018, e Catar, em 2022). No Brasil, as suspeitas recaem sobre contratos de patrocínio e de transmissão da Copa do Brasil assinados pela CBF. Ontem (28), Blatter afirmou que as denúncias trouxeram “vergonha e humilhação” para o esporte mundial. Com informações da Agência Brasil.
Infelizmente este senhor não deve renunciar mesmo, e também já propinou (tradução: dar propinas), a todas os presidentes das Federações ao redor do mundo, e a maioria tem medo de perder a boquinha, portanto, parece que vou ter que rasgar minha carteira de agente credenciado e impetrar a devida ação contra a CBF/FIFA, na Justiça.

Polícia suíça confirma ameaça de bomba em Congresso da FIFA

Se já não bastasse toda a polêmica com a prisão de membros de seu comitê executivo, a FIFA ainda sofreu uma ameaça de bomba no começo da tarde desta sexta-feira (horário local) em sua sede, em Zurique, no segundo dia do Congresso da entidade.
A polícia da Suíça confirmou as informações que já circulavam pela mídia europeia, explicando que uma ligação telefônica ameaçou a reunião.
"Uma ameaça de bomba foi recebida", confirmou a própria FIFA. "Nós decidimos vasculhar o local. As instalações estavam limpas, e nós podemos começar novamente."
Assim, o encontro continuará, e a expectativa agora é para a eleição presidencial, que opõe o atual mandatário, Joseph Blatter, e o príncipe da Jordânia, Ali bin al-Hussen.
Mais cedo, em discurso no plenário da FIFA, Blatter reconheceu que as escolhas de Rússia e Catar como sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022, respectivamente, deram problemas para a entidade que rege o futebol.
"Em 2 de dezembro, aqui em Zurique, quando decidimos as duas sedes em uma sessão, se outros países tivessem saído do envelope, acho que não teríamos este problema hoje. Mas não podemos voltar no tempo, não somos profetas, não podemos dizer o que teria acontecido", afirmou o dirigente suíço.
Ele ainda pediu "união" em seu discurso inicial diante do escândalo de corrupção que atinge o alto escalão da entidade - sete dirigentes foram presos em Zurique na última quarta-feira, entre eles o ex-presidente da CBF José Maria Marin.
Além disso, o diretor financeiro da FIFA, Markus Kattner, anunciou que os resultados financeiros da Copa de 2014, no Brasil, fizeram com que as reservas do órgão chegassem a 1,5 bilhão de dólares (R$ 4,74 bilhões).

Duvido muito que o José queira renunciar ou largar esse "filet mignon", esse negócio de chamar osso, não é mesmo, pois, se fosse, ninguém queria ser presidente. Todos que entram no futebol como dirigentes em Federações, só saem de lá por motivos maiores (como morte/prisão), etc.

28 de maio de 2015

Policia Federal iniciará investigações sobre corrupção na CBF

As suspeitas de corrupção no futebol não serão investigadas apenas em território internacional. A Polícia Federal do Rio de Janeiro confirmou nesta quinta-feira a abertura de inquérito para apurar indícios de corrupção em competições realizadas pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e pela Fifa.
De acordo com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, há suspeita de que alguns crimes investigados pela Justiça dos Estados Unidos tenham ocorrido no Brasil. E esclareceu detalhes sobre a investigação:
- Só podemos investigar delitos tipificados pela legislação brasileira. Se no caso houver, e é bem provável que tenha delitos configurados perante a legislação brasileira, a Polícia Federal abrirá os devidos inquéritos e fará investigação rigorosa em relação a isso
Cardozo também cogitou solicitar ao FBI e ao Ministério Público dos Estados Unidos o compartilhamento de dados. Também não está descartada uma investigação às obras da Copa do Mundo de 2014:
- O governo tem todo interesse de apurar ilícitos venha de onde vierem. Esta é a posição clara da presidente Dilma Rousseff e do Ministério da Justiça. Vamos ter clareza : não importa onde tenha ocorrido os ilícitos, se houver indícios perante a legislação brasileira, a apuração será, sim, feita.
Este pronunciamento do Ministro da Justiça de que será apurado se houve super faturamento nas construções para a Copa do Mundo (principalmente das Arenas), for verdadeiro, então vamos ter sim, problemas (quero dizer, eles estarão com problemas). Quem? Os responsáveis e as próprias construtoras, como foi ou é, o caso da Lava Rato/Lava Jato. Agora todo o resto do Brasil sabe que houve desvios, só falta a PF comprovar. 

Após prisões, Blatter diz que 'mais notícias ruins virão'.

O presidente da FIFA, Joseph Blatter, reconhece que “mais notícias ruins virão” no que se refere aos escândalos de corrupção no futebol. Ele insiste que são casos “individuais” e que é apenas uma “minoria” entre os cartolas da entidade que agem de forma corrupta. Falando pela primeira vez desde as prisões de sete de seus dirigentes nesta semana em Zurique, Blatter insistiu na abertura do Congresso Anual da FIFA. 
Diz que ele fará a reforma da entidade.Somos uma vasta maioria que gosta do futebol, não pelo poder ou cobiça, mas pelo amor ao futebol e para servir a outros”, disse o cartola, que concorre a releição nesta sexta. “O confesso que será um caminho longo e difícil para reconstruir a credibilidade. Perdemos e vamos reconquistar por meio das ações e como agimos de forma individual”, alertou. Blatter, que nesta sexta concorre à eleição, ainda pediu “solidariedade”. “Estamos todos unidos”, insistiu. Hoje, Michel Platini, presidente da UEFA, pediu a demissão de Blatter.

O presidente da FIFA insistiu: “Esses é um momento difícil e sem precedentes”, reconheceu. “Os eventos de quarta jogaram um longa sombra no futebol e no Congresso da FIFA. Ações individuais trouxeram vergonha e humilhação ao futebol e exigem mudanças”, disse. 

“Nao podemos deixar que a reputação do futebol entre na lama. Isso precisa parar agora.” Blatter também se isentou de qualquer culpa no escândalo. “Muitos dizem que eu sou responsável pela comunidade global do futebol, seja na Copa ou escândalo de corrupção. Mas eu não posso monitorar as pessoas todo o tempo. Se eles fazem algo errado, tentam esconder. Cabe a mim proteger a reputação e encontrar uma saída.”

O FBI disse que Blatter não está sendo investigado.  “Não vou deixar que atos de alguns destruam as ações de tantos que trabalham pelo futebol. Aqueles corruptos são minoria. Mas precisam ser pegos e levados a suas responsabilidades”, declarou o presidente da FIFA. “Vamos cooperar com as autoridades para que aqueles envolvidos, de cima para baixo, sejam punidos. Não pode haver espaço para corrupção. Os próximos meses nao serão fáceis. Mais noticias ruins virão.”

Tanto a Justiça americana quanto a Justiça suíça indicaram que as prisões dos últimos dias são apenas as primeiras etapas de um processo bem maior. 
CONGRESSO Vivendo sua pior crise, a FIFA abriu na tarde desta quinta, de forma constrangida, seu congresso anual em Zurique, com música, roupas de gala e carros de luxo. A entidade foi sacodida pela prisão de sete de seus membros, entre eles o ex-presidente da CBF, José Maria Marin.  

Ainda assim, a festa foi mantida depois que Blatter recebeu o apoio de algumas confederações, entre elas a sul-americana. Ao subir no palco para falar, não faltaram assobios e palmas frenéticas. O tema do evento: a solidariedade. A festa teve músicos suíços, bandeiras das 209 federações e imagens alpinas. Mas a imprensa foi mantida distante dos cartolas, que entraram por portas separadas e com forte presença de seguranças privados e da cidade de Zurique. Dentro do teatro, uma vez mais os jornalistas foram mantidos em um local separado, sem qualquer acesso aos dirigentes.  

Blatter havia cancelado todas as suas participações em eventos nos últimos dois dias, também para evitar qualquer tipo de contato com a imprensa ou questões embaraçosas.  

Nesta tarde, porém, ele foi à sua própria festa, além de ministros suíços e autoridades locais. Thomas Bach, presidente do COI, também estava presente. 
Vai ser uma vergonha se amanhã este camarada conseguir ser reeleito para mais um mandato à frente da FIFA, ele não larga o osso de maneira nenhuma, e não estou conseguindo entender o que está se passando com esta investigação do FBI. Rasgo minha credencial de agente e sinceramente, paro aqui mesmo de escrever sobre futebol, até porque ele mesmo está profetizando, "vem mais coisa ruim por aí", logicamente que acredito (pela primeira vez nesta pessoa), ele sabe muito bem o que deve vir.

Marco Polo Del Nero se retira de congresso da FIFA, abdica de eleição e deixa a Suíça

Um dia depois da avalanche de denúncias sobre membros do alto escalão da FIFA (Federação Internacional de Futebol e Associados), um importante membro deixou o Congresso Anual da entidade. Marco Polo Del Nero, atual presidente da Confederação Brasileiro de Futebol, se retirou do local e deixará a Suíça nas próximas horas, abdicando de votar no pleito que definirá o novo presidente da entidade.

O principal mandatário da CBF deixou o hotel durante o final da tarde desta quinta-feira, na Suíça. De acordo com informações do colaborador da ESPN, Jamil Chade, Del Nero deixou completamente de lado as atividades do congresso da entidade para retornar ao Brasil. O dirigente, desta forma, não participará das eleições para a nova presidência da FIFA, marcadas para esta sexta-feira.
Marco Polo Del Nero surgia como um dos suspeitos ‘não-nomeados' pelo relatório divulgado pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos. No documento, poucas autoridades são devidamente registradas com nome e sobrenome; justamente os presos na operação da última quarta-feira.
A proximidade do atual mandatário da CBF com o antecessor, José Maria Marin - preso na última quarta-feira em meio à operação do FBI com a polícia suíça -, complica o atual presidente, que deve ser convocado, no mínimo, para prestar esclarecimentos sobre o assunto.
Outro ponto decisivo é o esquema revelado com a Traffic e a Klever para negociar a venda dos direitos comerciais sobre a Copa do Brasil. No documento, José Maria Marin pede para as duas empresas interromperem o pagamento ao antecessor - Ricardo Teixeira - e envolver um novo nome, tratado como o ‘co-conspirador 12' e descrito de maneira semelhante a Teixeira.
Fora o esquema na principal competição do mata-mata nacional, Marco Polo Del Nero, ao assumir o cargo máximo na CBF, garantiu continuar a administração deixada pelo antecessor; no caso, José Maria Marin.
A Confederação Brasileira de Futebol não divulgou maiores informações sobre o assunto até o momento. Marco Polo Del Nero, em meio ao escândalo, saiu em defesa de Marin, já detido na Suíça, e acusou Ricardo Teixeira como os responsável pelos negócios ilegais nos contratos firmados pela entidade mais importante do futebol nacional.
E agora o ex-amigo Del Nero, já mandou retirar o nome do José Maria Marim da sede da CBF, e bate em retirada da Suíça (antes que fique preso la mesmo), até que não seria má ideia. Mas, se ele não conseguir embarcar agora, provavelmente ficará, quem quer apostar.

Rússia detona ação dos EUA na FIFA: 'Parem de fazer justiça além das fronteiras'



A Rússia não gostou nem um pouco da ação da polícia norte-americana, que prendeu dirigentes da FIFA acusados de corrupção. Nesta quarta-feira (27), o Ministério de Relações Exteriores russo atacou a atitude dos Estados Unidos e definiu como "ilegal".


Em um comunicado, o ministério afirmou que se trata de "outro caso ilegal e extraterritorial da lei norte-americana". Além disso, pede que os EUA "parem de tentar fazer justiça além de suas fronteiras".
"Sem entrar em detalhes sobre as acusações ... este é claramente um caso de uso extraterritorial ilegal de lei norte-americana", aponta o comunicado no site do Ministério das Relações Exteriores russo.
"Esperamos que isso não irá de forma alguma ser utilizado para lançar uma sombra sobre a organização internacional do futebol como um todo e as suas decisões. Mais uma vez vamos pedir a Washington para parar tentativas de fazer justiça muito além de suas fronteiras usando suas normas legais. E para seguir os procedimentos legais internacionais", aumentou.
Entenda o caso
A dois dias da eleição para a presidência, um terremoto sacode a FIFA. Na madrugada desta quarta-feira, horário brasileiro, uma operação especial das autoridades suíças, sob liderança do FBI, prendeu sete executivos importantes da entidade sob a acusação de corrupção, entre eles José Maria Marin, ex-presidente da CBF. O grupo dos detidos será extraditado para os Estados Unidos a fim de uma maior investigação sobre o assunto na federação mais importante do futebol mundial.
Segundo nota oficial do Departamento de Justiça norte-americano, 14 réus são acusados de extorsão, fraude e conspiração para lavagem de dinheiro, entre outros delitos, em um "esquema de 24 anos para enriquecer através da corrupção no futebol". Sete deles foram presos na Suíça. Além de Marin, Jeffrey Webb, Eduardo Li, Julio Rocha, Costas Takkas, Eugenio Figueredo e Rafael Esquivel. Um mandado de busca também será executado na sede da Concacaf, em Miami, nos EUA.
O brasileiro J.Hawilla, dono da Traffic, conhecida empresa de marketing esportivo, é um dos réus que se declararam culpados, assim como duas empresas de seu grupo, a Traffic Sports International Inc. and Traffic Sports USA Inc. Em dezembro de 2014, segundo a justiça dos EUA, ele concordou em pagar mais de 151 milhões de dólares, sendo que US$ 25 mi foram pagos na ocasião. As acusações são de extorsão, fraude eletrônica, lavagem de dinheiro e obstrução de justiça.
Além de Hawilla, também se declararam culpados o norte-americano Charles Blazer, ex-secretário-geral da Concacaf e ex-representante dos EUA no Comitê Executivo da FIFA; Daryan e Daryll Warner, filhos do ex-presidente da FIFA Jack Warner.
Hummmmmmm, tem coisa nisto, e mesmo todos sabendo que hoje (o globo terrestre) é um mundo globalizado, uma única TERRA, ainda pensam que se pode permanecer nos séculos passados, onde, matar, roubar, saquear Países, escravizar era livre e quem tivesse mais poder/dinheiro, podia fazer tudo isso. Ledo engano amigos, hoje se dar um espirro na China e adoecemos aqui da gripe suína, uma vaca morre na Gran Bretanha e ficamos aqui de sobreaviso.
Ora, se eles (Russia), não gostam disso, não tem também o Direito de interpelar os Estado Unidos, pois, estarão incorrendo no mesmo erro (ou será que a justiça só é legal para eles?). E provavelmente teremos noticias sobre os escândalos na própria Rússia e no Catar, sobre estas próximas Copas, quem viver verá. 

Tenho certeza de que logo, logo, teremos isso revelados e a truculência ou imposição desta Nação que deve se parar o combate e a corrupção no mundo. Vá em frente US.

Após 'turbulências', Blatter não comparece a evento do Congresso da FIFA

O diretor médico da FIFA afirmou nesta quinta-feira que o Congresso Médico da entidade não contou com a presença do presidente Joseph Blatter, ausente pelas turbulências que abalaram a entidade na última quarta.
Foi o próprio suíço Jiri Dvorak quem usou o termo "turbulências" para fazer referência ao escândalo que sacudiu a FIFA, com a detenção de sete dirigentes em Zurique, acusados de corrupção pelas autoridades americanas, que indiciaram 14 pessoas em sua investigação.
"O presidente Blatter pede desculpas por não estar presente, devido às turbulências que vocês provavelmente acompanharam na imprensa", declarou Dvorak, diretor médico da FIFA, na abertura do segundo dia do Congresso Médico da entidade em Zurique.
"(Blatter) Tem que assumir suas responsabilidades na gestão da situação e isto, sem dúvida, é o mais importante", acrescentou Dvorak.
O Congresso Médico da FIFA funciona como a introdução do 65º Congresso da entidade, que começa nesta quinta-feira e tem na pauta as eleições para a presidência da federação.
Blatter, 79 anos, buscará na sexta-feira a reeleição para um quinto mandato, em uma disputa na qual tem apenas um adversário, o príncipe jordaniano Ali Bin Al-Hussein.
De uma coisa nós sabemos, que vai ser difícil tirar o Joseph Blatter desta cadeira, vai sim, estou acompanhando atentamento os rumores na Europa e principalmente a decisão da UEFA e do Platini, que alguns dias atrás, confirmava seu apoio ao opositor do José. Vamos ver se o FBI tem cartas na manga para poder tirar imediatamente o poder desta máfia, e seu presidente, imediatamente. Até porque do contrário, pouco ou nada irá mudar.

Romário protocola pedido de abertura de CPI da CBF no Senado

O senador e ex-jogador Romário (PSB-RJ) protocolou nesta quarta-feira o pedido de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a CBF
Após a prisão do ex-presidente José Maria Marin, o pedido contou com o apoio de 52 senadores, número bastante superior ao mínimo exigido de 27 assinaturas.

"Este é o momento de moralizarmos o futebol brasileiro, não podemos perder a oportunidade. Esperamos desmontar de uma vez por todas essa caixa-preta que existe dentro da CBF", disse Romário.


Segundo o senador, o objetivo é investigar todos os contratos da Confederação, incluindo aqueles firmados para a realização da Copa das Confederações, em 2013, e Copa do Mundo no Brasil, no ano passado.


Marin foi preso nesta quarta-feira, em Zurique, sob a acusação de ter recebido propinas milionárias em esquemas de corrupção no futebol. No total, sete dirigentes da FIFA foram presos em uma operação coordenada pelo FBI.


Campeão mundial com a seleção brasileira em 1994, Romário costuma fazer reiteradas críticas aos dirigentes tanto da CBF quanto da FIFA. Ele disse que gostaria de ser o relator da CPI.



"Tudo que aconteceu hoje já vem tarde, mas antes tarde do que nunca. O mais importante é que daqui para frente essas pessoas que estão envolvidas vão pagar pelo mal que vêm fazendo ao nosso futebol", declarou Romário
O senador adiantou que conversará com o presidente do Senado, Renan Calheiros, a respeito da possibilidade de ser o relator da futura CPI. Renan já manifestou apoio pela iniciativa de criação da comissão. "Esse assunto mobiliza a sociedade e o país cobra respostas. Se o caminho for o da CPI, nós temos que estimular", disse Renan.
O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), que tentou criar uma CPI para investigar a CBF em 2014, louvou a proposta e dirigiu críticas à condução da CBF. "Fico feliz com uma iniciativa para colocar a limpo o futebol brasileiro. Eu subscrevo e espero que ninguém mais se intimide com o lobby da CBF. Essa é uma empresa dirigida há 30 anos por uma gangue de corruptos. Essa casa tinha que cair em algum momento", afirmou Randolfe.
O senador Magno Malta (PR-ES) confirmou que assinou o requerimento de Romário para criação da CPI e manifestou a vontade de integrá-la. "Quero ajudar porque é uma tarefa árdua. O pedido passou de 50 assinaturas, o que revela a insatisfação de um povo. A sociedade rejeita o que fizeram com o futebol brasileiro. O 7 a 1 [placar da derrota do Brasil para a Alemanha na semifinal da Copa do Mundo de 2014] foi a gota d’água de uma desarrumação que ele, Romário, já havia denunciado."

Que estamos precisando mudar isso, não tenho dúvidas, só acho que não foi a primeira vez que se tentou fazer uma CPI no Senado, sobre o futebol, a CBF,  e sua falta de transparência, e não se conseguiu, aliás, até a que foi aberta o resultado foi nada, (terminou em Pizza). Então, tem que se tomar muito cuidado com estas mudanças, trocar seis por meia dúzia não levará a nada, e ser um aproveitador somente não leva a nada, e fazer CPI com quem não entende, também não leva a nada.


E agora todos querem ser Pai da matéria, entretanto, não faz muito tempo, a maioria vetou esta iniciativa, aí mesmo no senado Federal, lembram? Então, vamos com calma, analisar e ver realmente, se o que o País do futebol precisa é de uma CPI ou da ação da Policia Federal, eu fico com esta segunda opção.


Sei que o Senador Romário, se caracterizou como um dos maiores goleadores do futebol Brasileiro e Mundial, pela sua pertinaz e aguçada atitude de oportunismo em vacilos de zagueiros ou de bolas que muitos achavam que estavam perdidas, então, oportunidade é uma das suas virtudes, mas, vá com calma, "peixe", nem sempre o que vem na rede é peixe, convém não confundir as bolas.

Visa diz que pode 'rever' patrocínio se FIFA não reconstruir imagem com práticas éticas.

Os diversos patrocinadores da FIFA se mostraram preocupados com o escândalo que levou sete dirigentes ligados a entidade, incluindo José Maria Marin, ex-presidente da Confederação Brasileira e Futebol (CBF). A operadora de cartões de crédito Visa, contudo, chegou inclusive a falar em um possível rompimento do patrocínio.
"Nosso desapontamento com a FIFA à luz da evolução de hoje é profunda. Como patrocinadores, esperamos que a FIFA tome medidas rápidas. E a menos que a FIFA reconstrua sua cultura com fortes práticas éticas, informamos que vamos reavaliar nosso patrocínio", informou a Visa.
O presidente da Federação de Futebol da Inglaterra, Greg Dyke, foi mais firme em sua palavras e disse que Joseph Blatter, presidente da FIFA, precisa deixar o cargo para que o futebol mundial retome o caminho da transparência.
"Não há nenhuma maneira de reconstruir a confiança na FIFA com Joseph Blatter ainda lá. Ele tem que renunciar, perder a eleição ou então precisamos achar um terceiro caminho", afirmou Dyke.
Assino em baixo estas declarações, e vejam que sobre a nossa situação de Agente FIFA, ou Agente Credenciado, ele (José Blasfêmia), a partir do dia 1 de Abril, tentou acabar conosco, até porque nunca nos credenciou junto aos clubes e aos próprios jogadores, MAS, A 10 ANOS QUE ESTOU PAGANDO LICENÇA, SEGURO, E OUTRAS DESPESAS, e vou atrás de tudo isso, aqui em nossa Justiça ou mesmo na suíça, caso se continue com esta idiossincrasia errônea e equivocada. 

E agora para deixar mais ainda as coisas sem transparência, tenta abrir o mercado a qualquer um que queira ser Agente de Jogador, com a nova regra para "INTERMEDIÁRIO". Sem precisar fazer exames, apenas, pagar uma taxa (eles realmente gostam de dinheiro), e inventam uma estapafúrdia de novas regras, esquecendo que temos um Direito Adquirido, que nos garante continuar com a função (quando fiz o exame, a regra era de que o cargo era para toda vida, ou seja, vitalicio), e mais algumas coisas, que revelarei na competente ação. 
Vamos ver agora a atitude da FIFA com uma nova direção como deve ficar esta situação que deixa a falta de transparência e condição de se lavar dinheiro, abertas a qualquer um. Está sim, na hora de moralizar o futebol Brasileiro e Mundial.

27 de maio de 2015

Após ir até empresa de Kleber Leite, Polícia Federal vai à sede da CBF; Marin é afastado

A Polícia Federal brasileira começou a se mover após a revelação do escândalo de corrupção na FIFA, que envolve nomes ligados à CBF. Segundo apuração dos canais ESPN, as autoridades estão a caminho da sede da entidade que comanda o futebol brasileiro, na Barra da Tijuca, Zona Oeste, do Rio de Janeiro.

As informações são de que o departamento jurídico da CBF já está pronto no local para receber os policiais, que estão com mandado para busca e apreensão. Pouco tempo depois da informação, a entidade se pronunciou sobre o ocorrido, disse que vai ajudar nas investigações e anunciou a exclusão de José Maria Marin, ex-presidente e atual vice, do quadro diretivo. Marin, que foi preso nesta quarta na Suíça em uma ação do FBI, dá o nome ao prédio da CBF no Rio.
Agentes da Polícia Federal também estiveram na empresa de Kleber Leite, a Klefer, nesta quarta à noite, no Rio. O empresário, ex-presidente do Flamengo, não teve o seu nome citado diretamente, mas teria feito J. Hawilla, dono da Traffic, pagar propina à CBF pelo acordo dos direitos comerciais da Copa do Brasil entre 2015 e 2022.

Veja o comunicado oficial:
A CBF, no início desta noite, em reunião extraordinária, decide, em complementação à nota oficial veiculada na manhã de hoje:
1) Oferecer o adequado desdobramento à determinação da FIFA e afastar o Sr. José Maria Marin do seu quadro diretivo até a definitiva conclusão do processo;
2) Tornar pública a decisão, previamente tomada no início desta gestão, de reanalisar todos os contratos ainda vigentes e remanescentes de períodos anteriores.
Um pouco mais cedo, alguns agentes se dirigiram à empresa de Kleber Leite a Klefer, nesta quarta-feira à noite, em Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro. O empresário, ex-presidente do Flamengo, não teve o seu nome citado diretamente, mas teria feito J. Hawilla, dono da Traffic, pagar propina à CBF pelo acordo dos direitos comerciais da Copa do Brasil entre 2015 e 2022, de acordo com relatório publicado pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos.
Um delegado da Polícia Federal e dois procuradores da República foram ao local em três carros. Eles permanecem na sede da Klefer neste momento, e ainda não há informações se documentos e arquivos de computador foram apreendidos na empresa de marketing esportivo.
Não foi apenas a polícia brasileira que passou a atuar após as revelações desta quarta-feira. Um pouco mais cedo, as autoridades realizaram um esquema de busca e apreensão no escritório da Concacaf, em Miami, nos Estados Unidos.
Entenda o caso
Pelas informações dadas pela Justiça norte-americana, J. Hawilla pagou propina para três altos dirigentes da CBF para dividir os direitos sobre a competição. O intermediário era um concorrente que aceitou repassar parte do negócio para a Traffic.
Pelos documentos, a descrição dos envolvidos tem enorme semelhança com os ex-presidentes da CBF Ricardo Teixeira (à época já fora da entidade e morando nos EUA) e José Maria Marin, o atual (Marco Polo del Nero) e o ex-mandatário do Flamengo e dono da empresa de marketing Klefer, Kléber Leite, que disputou com a Traffic os direitos comerciais da Copa do Brasil.
Em sua segunda versão do relatório, a Justiça norte-americana confirmou que um dos Co-Conspirador é José Maria Marin, preso nesta quarta na Suíça. Além disso, através de documentos da CPI do Futebol comparados à investigação do FBI, está confirmado que o Co-Conspirador #13 é Ricardo Teixeira, tudo por causa de um contrato fechado com a Nike.
Segundo a investigação, em 8 de dezembro de 2011, a "Empresa de Marketing Esportivo C" entrou na disputa com a Traffic, já parceira da CBF, pelos direitos comerciais da Copa do Brasil para depois do fim do acordo com a empresa de J. Hawilla (2014), oferecendo R$ 128 milhões pelos direitos.
Na época, o jornal Lance! publicou que a Klefer, empresa de Kléber Leite, foi a vencedora na disputa pela compra dos direitos comerciais da competição.
Acabei de ver a declaração do Kleber Leite nos noticiosos da TV, e pasmem, ele não tem nada a temer, entregou tudo a PF e está tranquilo. Vamos esperar pra ver, porque duvido muito que as coisas sejam desta maneira que ele falou.

'Dono do futebol brasileiro', réu confesso J. Hawilla terá que devolver US$ 151 mi

Além do ex-presidente da CBF José Maria Marin, de 83 anos, outros dois brasileiros são citados pela Justiça norte-americana no escândalo de corrupção entre a FIFA e empresas de marketing e transmissão esportiva.
O mais conhecido deles é o réu confesso José Hawilla, de 71 anos, dono da Traffic Group, maior agência de marketing esportivo da América Latina, que tem os direitos de transmissão, patrocínio e promoção de campeonatos de futebol e jogadores, além de empresas de comunicação no Brasil.
O departamento de Justiça revelou que J. Hawilla, como prefere ser chamado, teria confessado culpa, em dezembro do ano passado, por acusações de extorsão, fraude eletrônica, lavagem de dinheiro e obstrução da justiça - ele é o único brasileiro entre os réus confessos declarados culpados pela Justiça dos EUA.
O caso envolvendo Hawilla, uma das figuras mais proeminentes do futebol nacional, só veio a público na manhã desta quarta-feira, com a divulgação da nota do departamento de Justiça, onde aparece com destaque.
Segundo a nota do governo dos EUA, o executivo teria concordado com o confisco de US$ 151 milhões de seu patrimônio - US$ 25 milhões deste total já teriam sido pagos no momento da confissão. O mandatário da Traffic já foi classificado diversas vezes pela imprensa nacional como "dono do futebol brasileiro".
De acordo com reportagens publicadas pela imprensa brasileira nos últimos 10 anos, estima-se que o faturamento anual da empresa de J. Hawilla, que começou a carreira profissional como vendedor de cachorros-quentes, gire em torno de US$ 500 milhões.

Negócios lucrativos

O Departamento de Justiça americano indiciou 14 pessoas por fraude, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha: nove dirigentes da FIFA e cinco executivos de empresas ligadas ao futebol.
O grupo é acusado de armar um esquema de corrupção com propinas de pelo menos US$ 150 milhões de dólares (mais de R$ 470 milhões), que existe há pelo menos 24 anos.
"O indiciamento sugere que a corrupção é desenfreada, sistêmica e tem raízes profundas tanto no exterior como aqui nos Estados Unidos”, disse a procuradora-geral Loretta Lynch. "Essa corrupção começou há pelo menos duas gerações de executivos do futebol que, supostamente, abusaram de suas posições de confiança para obter milhões de dólares em subornos e propina."
A nota divulgada pela Justiça americana afirma ainda que investiga suposto pagamento e recebimento de suborno e propina em um acordo de patrocínio "da CBF com uma grande fabricantes de roupas esportivas dos EUA", na seleção do país anfitrião da Copa do Mundo de 2010 e nas eleições presidenciais da FIFA em 2011.
“Que fique claro: este não é o último capítulo na nossa investigação”, disse o procurador americano Kelly T. Currie, durante o anúncio dos envolvidos no esquema de corrupção.
A empresa de J. Hawilla é a atual responsável pelos direitos de torneios como a Copa Libertadores, passes de jogadores como o argentino Conca e o brasileiro Hernanes, dona de times como o Estoril Praia, de Portugal, e pelas vendas de camarotes do Allianz Parque, estádio do Palmeiras, em São Paulo.
A Traffic teve exclusividade na comercialização de direitos internacionais de TV da Copa do Mundo da FIFA no Brasil, em 2014. O empresário brasileiro também foi o responsável pelo contrato celebrado em 1996 entre a Nike e a seleção brasileira - alvo de uma CPI, encerrada em junho de 2001 sem desdobramentos práticos.
Em 2008, J. Hawilla foi eleito o 56º homem mais influente do futebol mundial pela revista britânica World Soccer.

Marin e Margulies

José Maria Marin, presidente da CBF até o mês passado, é outro brasileiro entre os detidos pela polícia americana. Aos 83 anos, tem fama de ter subido na carreira por ser "o homem certo no lugar certo".
Marin já foi governador biônico de São Paulo durante a Ditadura Militar, deputado estadual paulista e vereador paulistano. Atualmente, ele é filiado ao PTB.
Assumiu o governo de São Paulo em 1982, quando o então governador Paulo Maluf foi disputar o cargo de deputado federal.
Também chegou à Presidência da CBF com uma renúncia, quando Ricardo Teixeira deixou o cargo por problemas de saúde e pressionado por denúncias de irregularidades à frente da entidade. Conforme estatuto da CBF, como Marin era o vice mais velho, ele assumiu a presidência da federação, integrando também a chefia do Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2014.
Logo que assumiu o cargo, Marin já foi reconhecido por gafes: já confundiu Ronaldo com Romário e, em 2012, foi flagrado colocando no bolso uma das medalhas da Copa São Paulo de Futebol Júnior durante a premiação aos jogadores vencedores do torneio.
O terceiro brasileiro investigado pelo FBI é José Margulies, de 75 anos, proprietário das empresas Valente Corp. e Somerton Ltd., ambas ligadas a transmissões esportivas.
Segundo o departamento de Justiça, Margulies supostamente atuou como intermediário para facilitar pagamentos ilegais entre executivos de marketing esportivo e autoridades do futebol.
Margulies aparece na lista dos acusados pela Justiça americana - que inclui outras nove pessoas, mas não traz mais informações sobre os desdobramentos práticos das acusações.
Uma representante da Traffic Sports disse à BBC Brasil que não havia ninguém disponível para comentar o teor da nota, até a publicação desta reportagem.
Reportagem da BBC em Londres.

Marin recebeu propinas de R$ 2 milhões por ano pela Copa do Brasil

José Maria Marin recebeu propinas de R$ 2 milhões por ano de parceiros comerciais para a realização da Copa do Brasil enquanto foi presidente da CBF. Na manhã desta quarta-feira, ele foi um dos presos na FIFA pela polícia Suíça e à pedido do FBI, a Agência Federal de Investigação dos Estados Unidos.
Segundo a investigação americana, a CBF cobrou propinas de parceiros para que tivessem o direito de transmissão dos eventos. O valor, porém, subiu quando Marin assumiu a presidência, em 2012. Marco Polo Del Nero, presidente atual da CBF, saiu em defesa de Marin, alegando que todos os contratos eram da época de Ricardo Teixeira.
Outra constatação é de que a Nike pagou uma propina de US$ 40 milhões (cerca de R$ 127 milhões) em uma conta na Suíça para fechar um contrato com a CBF para patrocinar a seleção brasileira. A informação faz parte da investigação conduzida nos Estados Unidos e que acabou com a prisão de José Maria Marin, ex-presidente da CBF.
Segundo o levantamento, o acordo avaliado em US$ 140 milhões (R$ 445 milhões) rendeu em pagamentos paralelos e depositados no paraíso fiscal alpino. As suas duas empresas que teriam recebido o dinheiro seriam a Traffic Sports International Inc. e a Traffic Sports USA Inc. -, que estão sediadas na Flórida (EUA). Ambas são citadas pela Justiça americana. Os suíços já indicaram que contas foram bloqueadas.
Marco Polo del Nero, presidente da CBF, se recusou a comentar o contrato da Nike. "Isso é algo antigo", disse. O cartola participa de uma reunião de emergência em Zurique com dirigentes sul-americanos e deixou claro que a responsabilidade pelos contratos é de Ricardo Teixeira. " Eu não sabia de nada", declarou. Com informações do Estadão.
Agora as coisas estão começando a aparecer, finalmente, porque estamos escrevendo aqui e faz tempo. Pedindo a intervenção da RF e da própria PF, inclusive do Ministério dos Esportes, mas, aqui tudo é graça e nada acontecia.

A CBF nega que seus contratos com uma empresa influam na convocação de jogadores

No mês de julho passado, quando a Alemanha arrasou o prestígio futebolístico brasileiro em sua própria casa, o país do jogo bonito exigiu uma revolução esportiva: uma melhor organização do futebol-base, um modelo de rentabilidade que saneasse seus campeonatos e uma investigação das denúncias de corrupção na poderosa Confederação Brasileira de Futebol (CBF) desde os tempos em que era dirigida por Ricardo Teixeira, genro do ex-presidente da FIFA (e também corrupto) João Havelange. O ex-jogador Romário, hoje senador, chegou a pedir uma comissão parlamentar de inquérito: “Marin e Del Nero deveriam estar na cadeia!”, afirmou sobre os dirigentes máximos da entidade. Especulou-se inclusive com a contratação de Pep Guardiola como treinador, na esperança de que um técnico estrangeiro modernizasse os esquemas táticos de um futebol deprimido, e ainda rompesse os vínculos de amizade (“máfia”, diz Romário) que mantiveram a tomada de decisões sobre o esporte mais popular de um país de 200 milhões de habitantes entre um grupo reduzido de pessoas durante décadas.
A escolha de Dunga como técnico esfriou o entusiasmo popular. Não só por ele já ter ocupado o posto recentemente, mas por sua concepção pouco chamativa de jogo e sua pouca experiência no posto. Os resultados, até agora, o endossam: o Brasil ganhou as oito partidas amistosas disputadas desde setembro e enfrenta a próxima Copa América com um pouco mais de confiança. A última que venceu (2007) foi exatamente com Dunga como técnico. Sua mão firme parece ter unido de novo uma equipe que saiu arrasada do Mineiraço, e até o esquecido Robinho volta a justificar suas inesperadas convocações com gols.
Há uma semana, o jornal O Estado de S. Paulo publicou contratos “confidenciais” assinados entre a CBF e uma sociedade de fachada sediada nas Ilhas Cayman (International Sports Events, ISE), segundo os quais a federação deve pagar uma multa de 500.000 dólares se jogadores estrelas como Neymar não estiverem sobre o gramado em uma partida da seleção. A empresa de marketing, que explora comercialmente a marca, paga um milhão de dólares pelos direitos de cada encontro amistoso e exige, em troca, contrapartidas. O contrato prevê que a CBF deve apresentar um atestado médico para a International Sports Events quando um jogador ficar no banco, e que a “CBF poderá substituí-los por outros jogadores do mesmo nível, segundo seu valor de mercado e capacidade técnica”. O ISE tem, além disso, os direitos exclusivos para a organização das partidas em qualquer país do mundo: determina o preço dos ingressos e tem poder de decisão até sobre os rivais da equipe brasileira em partidas preparatórias. O acordo secreto exclui, em princípio, toda tributação pelos valores pagos.
A CBF rejeitou taxativamente as insinuações, chamando de “ridículas” e “absurdas” as denúncias de que tenha “vendido” a seleção e nega qualquer influência externa na convocação de jogadores: “Os critérios para escolher a equipe nacional brasileira são, e sempre serão, do técnico” [...] A CBF não vendeu a seleção brasileira. Em nenhum momento o contrato influiu na composição da equipe, nem no julgamento do treinador”. A nota oficial da Federação expressa, além disso, que a “hipótese ridícula não se sustenta sobre qualquer prova e se explica apenas pela necessidade do jornalista Jamil Chade [autor da matéria] de procurar notícia fácil que gere escândalos”.
Os dirigentes do futebol brasileiro negam também que as exigências comerciais dessa empresa possam bloquear o desenvolvimento de jovens talentos, em uma seleção que não mantém, nem de longe, a qualidade de décadas anteriores. As revelações ilustram, no entanto, o poder financeiro da seleção nacional e seus vínculos com agentes comerciais, sociedades instaladas em paraísos fiscais e a própria FIFA, na qual Ricardo Teixeira (promotor do contrato) foi membro do Comitê Executivo até sua demissão de todos os cargos em 2012 por um escândalo milionário e seu posterior exílio em Miami. A empresa International Sports Events é uma subsidiária do grupo saudita Dallah Al Baraka Group, associado ao escândalo de subornos milionários que aposentou para sempre do futebol Mohamed bin Hammam, do Catar, ex-candidato a presidente da FIFA e ex-presidente da Confederação Asiática de Futebol.
Romário voltou a chamar de “criminosos” os dirigentes da CBF e expressou em público seu desejo de que “o técnico Dunga não aceite esse esquema nojento”. Segundo o campeão do mundo de 1994, “o futebol sofre porque os atuais gestores agem em sua própria conveniência [...] Só modernizaram o que podia maximizar seus benefícios. Mantiveram a tirania, a falta de transparência e a permanência eterna no poder”. O jornalista José Cruz tambémqualificou, em seu blog, a gestão da CBF de “criminosa” e escreveu: “Essa revelação ressuscita a tese sobre a representatividade da Seleção Brasileira, que se apresenta em nome da nação, desfila com a Bandeira Nacional e pratica o principal patrimônio esportivo do país. No entanto, a renda dessas exibições não contribui para o fortalecimento do futebol, internamente. ‘Clubes e federações estão quebrados’, dizem os cartolas”.
A empresa de marketing paga um milhão de dólares pelos direitos de cada encontro amistoso e exige, em troca, contrapartidas.
A plataforma Bom Senso exige há anos uma profunda renovação e o saneamento do futebol brasileiro “para que volte a ser o país do futebol”, com propostas concretas que foram ouvidas pessoalmente pela presidenta Dilma Rousseff e estão sendo debatidas no Congresso durante a renegociação da dívida milionária dos clubes brasileiros com a Fazenda. Um de seus líderes, o meio-campista internacional Alex, também reagiu duramente à divulgação dos contratos: “O futebol é patrimônio do povo brasileiro e não pode ser usurpado por tanto tempo por uma sociedade privada como a CBF [...] Como ex-jogador, minha maior preocupação é com o futebol brasileiro, que tem muitos clubes endividados, está pobre de ideias e tem pouca preocupação de melhorar. A CBF enriquece comercialmente, mas se preocupa pouco com o futebol”.
Ele já tinha avisado o então presidente da CBF, José Maria Marin, semanas antes da Copa de 2014: “O futebol brasileiro está no purgatório. Se ganharmos, vamos para o céu. Se não, desceremos para o inferno”. Falta agora ver se haverá consenso algum dia sobre as causas de uma crise tão profunda.
Quem sabe agora, com a ação do governo Norte Americano, porque da maneira que está o resultado é nefasto para todos ligados ao futebol, até porque o resultado que vale não é mais o do jogo jogado dentro de campo, mas, aquele jogado fora do campo, ligado a interesses destas pessoas que apenas visam o ganho de dinheiro e poder.